O caro leitor talvez não saiba, mas um incêndio atingiu uma central da Oi e muita gente aqui na Bahia e alhures ficou sem internet nos últimos dias. Eu fui um desses premiados.
Por conta disso, e por conta das lan houses aqui por perto estarem em mesmíssima situação internética, não pude fazer o post que estava pretendendo sobre livros para dar de presente no Natal.
A falta da internet me fez olhar para minha cama com mais desejo do que nunca, e por isso não redigi o citado texto off-line. Só não peço desculpas por isso porque, bem, não imagino que fosse dar em grande coisa mesmo.
Mas para quem ainda não comprou o presente de Natal e pensa em dar livros – sei que tem muita gente nesta situação – aí vão algumas dicas rápidas de boas obras lançadas recentemente – ou nem tanto – que podem ser excelentes presentes.
“Linhas tortas”, de Graciliano Ramos: para literatos e/ou jornalistas, sejam eles aspirantes ou já com alguma estrada. São crônicas e artigos do autor alagoano, já falei dele aqui.
“Onde foi parar nosso tempo?”, de Alberto Villas: para qualquer pessoa bacana nascida de 1983 para trás. São crônicas muito divertidas sobre coisas que ficaram no passado, mas que dão uma saudade danada. Em breve resenhá-lo-ei.
“A grande ideia”, de Donny Deutsch: para quem está cheio de ideias geniais na cabeça e não sabe ainda como colocá-las em prática. É um livro voltado para negócios, empreendedorismo, portanto, não se aplica a literatos que desejam escrever o romance do século. Escreverei sobre ele tão logo possa, o recebi hoje.
“O grande jogo de Billy Phelan” e/ou “Ironweed”, de William Kennedy: para todo aquele que gosta de boa literatura. Duas obras-primas.
“Para uma menina com uma flor”, de Vinicius de Moraes: para sua namoradinha, ou para seu namoradinho. Se ele ou ela não gosta de ler, não se preocupe: são crônicas maravilhosas do nosso querido poetinha. Se ele ou ela já gosta de ler, melhor ainda.
“Meio intelectual, meio de esquerda”, de Antonio Prata: outro de crônicas, para quem quer uma leitura mais leve. Excelente livro, outro sobre o qual pretendo escrever.
“Diário de um banana” (a série inteira), de Jeff Kinney: para qualquer garoto de 10 anos em diante, que goste ou NÃO de ler. E para garotões de 27, também (eu ganhei os meus este ano).
Eu poderia passar o dia inteiro recomendando livros aqui, mas o tempo “ruge”, como ouvi dizerem tempos atrás. Faltou indicar livros de Fernando Sabino e Clarice Lispector, por exemplo, que são sempre boas pedidas.
No mais, um Feliz Natal para todos, apesar de, na minha opinião, o Natal não ter mais cara de Natal há muito tempo…
* Crédito da foto: Neatorama.