Ele poderia simplesmente ter dito que não dava. E, se quisesse, teria várias desculpas. Poderia dizer que iriam chegar em cima da hora do show, e não daria tempo de dar atenção a ninguém. Ou poderia dizer que eles não estavam atendendo fãs. Na verdade, ele poderia simplesmente não ter respondido a minha mensagem.
Mas não. Ele respondeu.
Respondeu e ainda marcou hora: “apareça lá no hotel, umas 10 horas”.
“Caraca”, pensei. Pedi e torci muito para que desse tudo certo. Cheguei a pensar que não daria, não vou negar. Achei que não conseguiria chegar no horário marcado. Mas cheguei.
Cheguei, não, chegamos. Porque tudo foi por causa dela.
Conhecemos os Paralamas. Ela tirou foto com Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Vianna. Já eu, não tirei. Aliás, tirei, as fotos dela. Estava presente, que é o mais importante. Fui testemunha de sua felicidade imensa. Pra quê mais?
Pra não dizer que não fiz nada, peguei autógrafos do Barone e do Herbert. Do Bi Ribeiro, não. Nada contra ele, muito pelo contrário. É que puxei o saco dele demais, contando uma história de um outro show deles (eu pedindo uma palheta, ele dizendo que não tinha mais; durante a semana, meus colegas de colégio dizendo que eu gritava “Bi, eu te amo!”). Foi ou não foi puxar o saco?
E ele lembrou do show. Bem peculiar na carreira deles, acredito. Começaram a tocar no amanhecer do dia. Foi sensacional.
Como foi o show de hoje também, claro.
Os caras são muito, mas muito incríveis. Cada um tem sua grandeza. Arriscaria dizer que um é a tranquilidade, o outro a generosidade e o terceiro é a soma das duas coisas, mais a afetuosidade. Incríveis, mesmo.
Tive a honra de apertar a mão dos três. Não poderia ter sido melhor.
Aliás, foi melhor. Por causa do sorriso dela.
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