Knut Hamsun

Ninguém jamais me disse palavra alguma sobre o escritor norueguês Knut Hamsun. Não sabia de sua existência até ler “Sonhos de Bunker Hill“, de John Fante, que termina assim:

“Por favor, Deus, por favor, Knut Hamsun, não me abandonem agora. Comecei a escrever e escrevi:

‘É chegada a hora’, disse o Leão-Marinho,
‘De falar de muitas coisas:
De sapatos – e navios – e cera para lacre –
De repolhos – e reis -‘

Olhei para aquilo e umedeci meus lábios. Não era meu, mas, com os diabos, um homem tem que começar por algum lugar.”

Não tenho a menor idéia de quem seja o poema citado. O que me deixou intrigado foi o fato de Bandini, protagonista do romance e alter-ego de John Fante, pedir a Knut Hamsun – além de Deus – que não o abandonasse naquele momento.

Como disse, eu não sabia da existência de Knut Hamsun até então. Não lembro o que veio depois, mas sei que de alguma maneira fiquei sabendo que Hamsun é autor de um romance chamado “Fome“, sua obra mais famosa. Por algum motivo que não lembro, não fiz nenhuma pesquisa maior sobre o autor.

De lá para cá quase dois anos se passaram. Foi no fim de 2005 que li “Sonhos de Bunker Hill”.

Já quase não lembrava mais de Hamsun. Meses atrás comprei um livro chamado “A arte da fome”, de ensaios, do escritor americado Paul Auster. O título do livro vem de um ensaio sobre “Fome”. Folheei o livro, li alguns techos do ensaio, mas não cheguei a procurar nada sobre Hamsun.

Há alguns dias, resolvi procurar livros de Knut Hamsun em livrarias virtuais. Não lembro também o que me levou a fazer isso, nem sei se houve algo que tenha me levado a fazer isso. Fiz uma busca, enfim. E encontrei vários livros dele publicados aqui no Brasil, pela editora Itatiaia, entre eles “Fome”, que pensei logo em comprar.

Antes, fui ler algo sobre Knut Hamsun. E então vi que ele foi premiado, em 1920, com o Prêmio Nobel de Literatura, após a publicação do romance “Os frutos da terra“.

“Bom”, pensei, “vou comprar esse também”. Pra completar a compra, coloquei na cesta “Um vagabundo toca em surdina“. Os livros chegaram aqui semana passada. As edições são bem simples, até um tanto grosseiras. A Itatiaia é uma editora pequena, pelo visto. Mas tem um catálogo interessante, com títulos como “Geração devassa” (Aldous Huxley), “O gene egoísta” (Richard Dawkins), “Mantenha o sistema” (George Orwell) e “Tempos passados” (John Steinbeck), que parecem ser bons livros.

Aproveitando, se alguém souber como entrar em contato com o pessoal da Itatiaia, por favor, me avisa.

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