“Como a maioria dos escritores, Scott Fitzgerald tem suas receitas para cativar a página em branco. Em Paris, ele se levanta às onze horas, mas só começa a trabalhar às cinco da tarde. Pretende escrever até as três da manhã. Mas passa a maior parte das noites fora, fazendo a ronda dos bares e dos botequins, e perde, ao longo das horas, todo o self-control. Chega uma noite ao New York Herald Tribune em avançado estado de embriaguez, precipita-se para o escritório dos redatores, joga fora o texto pronto para a composição, rasga-o, cantando aos berros, e exige que os jornalistas façam coro com ele, até o momento em que cai, desacordado.”
Trecho de “Os exilados de Montparnasse“, de Jean-Paul Caracalla, que estou lendo.