Com o Digestivo fora do ar por uma muito provável incompetência monumental dos senhores que deveriam manter o site on-line, me sobra algum tempo para ler alguns blogs. Não sei se quem entra aqui lembra, mas posts atrás eu disse que não leio blogs. Apenas blogs de amigos e chapas. Não gosto da maioria dos blogs que leio. É porcaria demais para meus belos olhos castanhos cansados.
Não lembro como, caí no blog do Cléber. De lá, fui pro blog do Bruno (ambos excelentes, btw), e li dois posts muito bons. Neles, o Bruno faz bons comentários sobre novos autores. Se puderem, vejam lá, e digam se o cara tem ou não tem razão.
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Ao comentar com um amigo que há tempos não escrevo ficção e que estou me dedicando a resenhas de livros e a um ou outro artigo sobre qualquer coisa que o valha, ele me veio com aquela velha história de que “críticos são escritores frustrados”. E na maioria dos casos é assim mesmo, mas não em 100% deles (nem no meu). E.M. Forster e George Orwell são exemplos de escritores talentosíssimos e críticos de qualidade ímpar. Isso porque não quero fazer força pra lembrar de outros nomes. E não almejo outra coisa que não chegar a esse patamar. Tenho pelo menos uns 30 anos pra conseguir isso, e plena consciência do que posso ou não posso fazer.
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Acho que até o fim de 2006 (ou início de 2007) eu realmente queria publicar um livro, ver meus contos impressos e vendidos nas melhores e piores livrarias de todo o Brasil. Hoje já não tenho mais essa vontade. Não agora. Quero melhorar meus textos, não quero mais estrear com contos (quero começar com, no mínimo, uma novela, que já tem um bom pedaço escrito). Não quero ser mais um nesse mar de autor jovem. Sem contar que meus textos não são lá grande coisa, e não quero ser detonado por crítico nenhum por aí.
Talvez eu envie um original de contos para concorrer ao Prêmio SESC de Literatura deste ano, isso se eu conseguir tempo pra montar o original, mas só pra ver no que dá. Minhas ambições agora são outras.
Sem contar que o fato de eu resenhar livros e querer me tornar um crítico de verdade me obriga a ler. E a leitura é o melhor remédio para todo aspirante a escritor. Além de escrever, claro.