Idéias todo mundo tem, mas não são muitas as pessoas capazes de sentar a uma mesa, seja diante de um caderno ou de um computador, e passar duas, quatro, seis horas seguidas tentando passar suas idéias para o papel, uma tarefa tão extenuante quanto somar à mão colunas e mais colunas de números com dezenas de algarismos. Escrever parece com isso: fazer contas de cabeça. É preciso estar ligado o tempo inteiro, mantendo na memória os resultados parciais até poder chegar na parte de baixo, pensar “345”, colocar o “5”, dizer “vai 34”, e prosseguir.
Braulio Tavares, no Cronópios, porque tem a ver com o post abaixo e porque acho que vou escrever algo mais elaborado sobre o assunto.
A questão do cansaço de escrever. É que cansar é uma coisa, dizer que “escrever é um sacrifício” ou que é “sofrido” ou “dolorido” é outra coisa totalmente diferente. Tem uma pessoa que não vai gostar muito de ler isso, mas não me leve muito a sério, tá?
E sim, eu estou imitando o Julio.