Não conheço nada do jornalista e escritor americano Hunter S. Thompson, a não ser alguns títulos de livros. Acabou de ser lançado aqui no Brasil uma coletânea de textos dele. Foi o próprio Thompson quem selecionou os escritos de “O reino do medo“, publicado nos EUA em 2003 (“Kingdon of fear”).
Folheando o livro aqui na livraria, fiquei sabendo que Thompson cometeu suicídio em 2005, aos 67 anos. Deixou um bilhete dizendo “… 67. That is 17 years past 50. 17 more than I needed or wanted …”. Mais sobre a morte de Thompson e o bilhete inteiro aqui.
Eu vivo dizendo que prefiro a morte a uma vida vegetativa, no caso de alguma doença (Deus me livre e guarde). Quando vi que um outro, além de pensar da mesma maneira, teve a coragem de cometer suicídio, estremeci. Porque às vezes nem eu mesmo me levo a sério, e são tantas as pessoas que vivem com grandes sequelas e dificuldades – Thompson não teve nada, matou-se por tédio e depressão, ao que tudo indica -, que chega a ser uma blasfêmia negar a vida, por mais limitada que ela possa ser.
Não é a primeira vez que penso no assunto, nem será a última.
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