Conheci Carlos Heitor Cony ao ver, na mesa de uma professora do ginásio, “Os anos mais antigos do passado“. Li uma ou outra crônica, lá na sala mesmo. Não tive coragem de pedir o livro emprestado. Anos depois, já na universidade, sendo aluno da mesma professora, perguntei pelo livro e ela me emprestou. Depois da leitura inteira dele, passei a procurar mais livros do autor na biblioteca.
Li muita coisa do Cony. Aliás, me vangloriava, na época, de ter lido tudo o que havia do Cony na biblioteca da faculdade. Sinal de que a biblioteca precisava – e ainda precisa – de muitas aquisições.
Carlos Heitor Cony é um autor que me impressionou muito, bem como Fernando Sabino. Ambos, primeiro um, depois o outro, foram meus primeiros vícios de leitura.
Ano passado comprei quatro livros do Cony, de uma só vez. Três para ler, um para reler. Fiquei de comprar outros que acho sensacionais, mas minha lista de prioridades ainda não deixou. Recebi, há pouco tempo, a nova edição de “Quase memória“, que o Thiago Augusto me disse bem umas três vezes que é muito bom.
E semana passada, Cássia me deu de presente um dos livros do Cony que mais gostei de ter lido e que mais me marcaram. Trata-se de “Tijolo de segurança“, um romance que não lembro muito bem da história, mas sei que, na época, achei sensacional.
Tenho certeza de que uma nova leitura do romance não vai alterar minha opinião e meu carinho por ele. Pode ser que eu identifique uma coisa ou outra – Cony que me perdoe, mas em “Romance sem palavras” há alguns “havia dado”, e coisas desse tipo não podem passar batidas -, é verdade, mas o romance continuará sendo, para mim, muito importante.