Surto consumista

Com certeza já falei aqui no blog, só não lembro quando e estou com preguiça de buscar, mas desde janeiro eu tenho um limite para compras por mês. Não digo que foi um limite imposto por Cássia porque não posso deixá-la com a imagem de ditadora, foi algo que conversamos e decidimos juntos. A decisão um tanto quanto enérgica foi tomada depois de calcularmos o quanto eu havia gastado nos últimos anos com livros, CDs e DVDs. Acreditem: vocês não vão querer saber. Tampouco iriam acreditar.

A coisa estava dando certo, eu vinha me controlando direitinho. Quando eu precisei comprar algo fora do limite, a gente conversou e sempre chegamos a um consenso. Sabíamos desde o início que no mês de abril essa cota não seria respeitada, por conta da Bienal. Ainda assim, fazendo as contas hoje, o valor gasto com livros este ano na Bienal foi metade do valor gasto em 2007. Um grande avanço, com certeza.

Admito que pensei, no início, que essa coisa não ia dar certo. Mas acabei me saindo melhor que a encomenda, com a ajuda de Cássia, claro.

O problema é que, depois do belo mês de abril, ficou aquele gostinho de “quero mais”. E é aí que reside o perigo. Não que meu caso chegue ao ponto de ser doentio, percebemos que não é. Se fosse, eu já estava maluco. É somente uma questão de impulso, de não pensar duas vezes, de não fazer contas. Quem tiver “problema” semelhante ao meu, acredite: dá pra se controlar. É difícil, é. Mas tem como se controlar.

Coisa que, infelizmente – ou felizmente, vai saber -, não fiz ontem. E explico o motivo. Encontrei um cupom que dá 20% de desconto em livros, na Saraiva. Mas a Saraiva já dá descontos de 20% em alguns livros. Bom, vocês já entenderam, né? 20% por conta da Saraiva e mais 20% por conta do cupom = 40% de desconto. Se você comprar como cartão Saraiva, ganha mais 5%.

Exemplo: “As veias abertas da América Latina“, de Eduardo Galeano. Neste momento, 00:39 do dia 05 de maio, ele está custando R$ 37,80, sendo que o preço de capa dele é R$ 50,50. Com o cupom de 20% ele cai para 30,24. Bom negócio, não?

Resultado: fiz um gasto que não poderia fazer. Eu poderia ter evitado e não ter comprado nada, esperar meu bolso ficar menos vazio. Mas… paciência, já foi. Agora, uma coisa: outro “surto” assim só em julho.

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