O Digestivo Cultural está fora do ar já faz alguns dias. Não quero nem comentar o impacto que isso tem em todos os que participam do site. Não é uma tragédia na vida de nenhum dos colaboradores, mas todos ficam sentidos com o fato. Mais ainda o Julio, editor do site, e eu, editor-assistente, que tanto suamos para colocar a casa em ordem nas últimas semanas. Corremos tanto e, no final, não adiantou nada. Os leitores não podem ler os textos que revisamos e programamos com uma antecedência de mais de uma semana. Uma pena.
E estou mais sentido ainda porque meu texto que sairia na sexta-feira, dia 31, me custou no mínimo duas semanas de reflexões. Acho que nunca tive tanto cuidado com um texto. Não é lá uma maravilha de texto, mas é um bom texto, e eu queria muito que ele tivesse saído no site do jeitinho que eu imaginava.
O pior é que eu não quero publicá-lo aqui. Modéstia à parte, meu esforço e meu texto merecem um melhor reconhecimento e um maior número de leitores.
Esse egoísmo me fez pensar na pergunta-título deste post: para quem escrevo, afinal?
Vivo dizendo que escrevo para mim, não para os leitores (os poucos que tenho). Certo, tudo bem. Assim penso sobre minha ficção. Não minhas colunas e resenhas. Estes textos, sim, escrevo pensando no leitor, em como conquistá-lo com meus argumentos, ou em como deixá-lo puto da vida com uma frase ou outra. Já aqui, no meu bloguinho, escrevo para mim mesmo, às vezes até sem me importar muito com o que estou escrevendo. Isso já me trouxe uma ou duas pequenas dores de cabeças, mas toma-se um Tylenol e segue-se em frente.
Aliás, não é egoísmo: é vaidade.
Estou pensando no que fazer com o texto. Enviei-o (tá certo isso?) a um editor, vamos ver o que dá. Ele estará disponível no Digestivo, quando o site voltar ao ar, claro. Mas vou tentar outros caminhos.
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