Jarbas Vasconcelos para presidente!

É o que dá vontade de sair gritando depois de ler esta entrevista com o senador Jarbas Vasconcelos, concedida a Otávio Cabral para a próxima revista Veja (de 18/02/2009), mas que já pode ser lida no blog do Noblat.

Vasconcelos, senador do PMDB pelo estado de Pernambuco, diz na entrevista tudo o que nós, cidadãos honestos brasileiros, dizemos em conversas de bar ou de cafezinho (aquela ao redor da jarra de café nas empresas): que a corrupção se alastrou de tal modo que ninguém mais se surpreende com um escândalo, que este governo é simplesmente uma continuação do anterior, que o Bolsa Família é um programa que visa somente comprar votos de maneira “lícita” etc.

Quem pensa o contrário é:

a) Petista ortodoxo
b) Cego
c) Surdo
d) Alienado
e) Estrangeiro
f) ET
g) Doente
h) Do contra

E é isso que surpreende: um político falando que sua classe é corrupta, que seus colegas de partido são todos interesseiros e só querem mesmo mamar nas tetas do governo, que nenhum político, salvo raras exceções, está preocupado em fazer algo para o país etc.

Ou ele é um homem acima de qualquer suspeita ou ele estava fumadaço quando respondeu as perguntas. Ou é muito cara de pau. Prefiro acreditar na primeira hipótese.

O melhor trecho da entrevista é este:

“O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.”

(Negrito meu.)

Bom, deixemos de conversa, vão lá ler a entrevista.

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