Enquanto isso, no Digestivo…

Que o Digestivo Cultural tem colunistas de qualidade tudo mundo sabe. Mas às vezes o pessoal se supera, vão além das expectativas. E isso tem ocorrido com bastante frequência, ultimamente.

Na última semana, Luis Eduardo Matta escreveu um texto brilhante chamado “Armadilhas da criação literária“:

“Muitos acreditam que, por serem aficionados por futebol, conhecem o esporte melhor do que os profissionais do ramo. Fato semelhante ocorre na literatura. Do mesmo modo que todo torcedor brasileiro se considera um técnico de futebol em potencial, muitos dos apaixonados pelos livros acham que podem se tornar escritores. Mal sabem eles que a criação literária é uma epopéia extenuante e complicada…”

Antes disso, a Verônica Mambrini escreveu uma coluna sobre o ócio criativo. E eu disse a ela que era um assunto aparentemente chato, mas que ela conseguiu tratar de uma maneira por demais agradável, pra qualquer um ler e entender.

Na quarta-feira, o Guga apareceu com um texto sensacional sobre Chapeuzinho Vermelho. Um texto incrível, de uma sensibilidade rara e apurada. Talvez o melhor texto dele no Digestivo (na minha opinião, claro).

Sexta-feira foi a vez da Tais Laporta escrever sobre “O apanhador no campo de centeio”, romance cultuado de J.D. Salinger. A Tais escreve de uma maneira tão clara e simples, e faz observações tão pertinentes sobre o livro que fiquei morrendo de inveja dela.

E nesta semana os textos vão, no mínimo, manter o mesmo nível. Hoje tem Eduardo Mineo e sua “Comédia de um solteiro“, que está imperdível:

“Aliás, vamos falar sobre garotas? Um dos meus esportes favoritos é trocar perfis de garotas no Orkut com amigos e falar sobre elas por tempos. Sei que usar Orkut é falta de modos demais, uma maneira muito bruta de encarar a vida, mas é divertido, principalmente para se recriminar quem aceita depoimentos embaraçosos de amigos retardados. Nem todo mundo é assim, eu sei. Eventualmente achamos garotas até sensatas e realmente lindas naquele lugar, mas jamais tentaria qualquer coisa com elas porque, convenhamos, usar internet para conseguir relacionamentos não é ser um mau perdedor?”

Na terça teremos o Daniel Lopes escrevendo sobre o romance “Duas vezes junho”, de Martín Kohan. O Daniel é daqueles caras que lêem as mais maravilhosas obras literárias que quase ninguém leu. Inclusive eu. Ou seja: as colunas dele são um bom norte para quem quer ler boa literatura.

O Luiz Rebinski Junior fala, na quarta-feira, sobre literatura pop. Sem medo de errar ou de ser feliz, ele faz um bom apanhado dos autores e obras consideradas “pop”. Mas será que essa classificação é válida e tem sentido? O Rebinski dá os pitacos dele lá.

Na quinta vem tem a Adriana Carvalho com uma coluna muito, mas muito boa mesmo, sobre algo tão fácil e simples que, de tão simples e fácil, anda muito difícil de ser vista por aí: a gentileza.

A sexta-feira ainda é uma interrogação para mim, mas no máximo terça-feira teremos já a coluna agendada. Uma coisa é certa: ou é um texto meu, ou vai ser mais um texto excelente da Ana Elisa Ribeiro.

This entry was posted in No Digestivo. Bookmark the permalink. Post a comment or leave a trackback: Trackback URL.

One Comment