Do anonimato (ou Sobre a ANABA)

Denúncias anônimas, que muitas vezes ajudam a solucionar crimes ou encontrar criminosos, são, ora, anônimas. Fontes de jornal, que fazem denúncias graves contra políticos ou empresas, inclusive conseguindo e cedendo, A JORNALISTAS, são, também, anônimas.

Qual o problema, então, do anonimato na internet?

Os trolls. Se você não sabe o que é um troll, é só clicar aqui e aqui, são dois textos publicados no Digestivo sobre o assunto. Além disso, pode ver também o significado de troll na Wikipédia.

Eles, os trolls, são, claro, o problema. Mas, num caso como o que eu propus mês passado, neste post, não vejo nada de mais. Nem nos casos apresentados no primeiro parágrafo deste post. Aliás, quem aí nunca pensou em ligar para a polícia, sem se identificar, para reclamar do vizinho batendo na esposa? Ou do idiota que está com o som ligado na maior altura às 11:30 da noite?

Sem o anonimato, George Orwell não teria escrito “Na pior em Paris e em Londres”, no qual relata sua experiência – meio que obrigada pelas circunstâncias, vá lá –  entre mendigos naquelas duas cidades. Sem o anonimato, algumas experiências acadêmicas jamais poderiam ser realizadas, como a do professor que se disfarçou de gari para provar que nós – eu, você, nossos pais, amigos e irmãos – não olhamos para os garis, não os encaramos, não conhecemos seus rostos. Enquanto que, certamente, identificamos aquele gerente de banco ou aquela supervisora de megastore sem pestanejar.

Agora, com o surgimento da ANABA – Associação Nacional dos Blogueiros Anônimos -, começam a surgir por aí posts recriminando a iniciativa etc. e tal. Paciência. Nem Cristo teve unanimidade. Nem tem, até hoje. Eu, particularmente, se a ANABA não descambar para a esculhambação, dou o maior apoio. Inclusive, se eu achar que posso, colaborando – mas me identificando. Ou não, vai saber. Vai que eu descubro alguma tramóia das grandes? Não vou colocar o meu na reta, lógico. Afinal, não tenho nenhuma grande empresa de comunicação para me proteger.

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