Ontem comprei dois livros de autores convidados da Flip.
“De repente, nas profundezas do bosque“, do escritor israelense Amós Oz, por motivos que cabem apenas a mim, e “As noites de flores“, do argentino César Aira, pelos mesmos motivos.
Nenhuma bendita livraria virtual está com frete grátis pra livros, e isso é um absurdo. Me fizeram levar um baque de 10 paus. Mas tem nada não… Dia desses peguei, em uma delas, “Fogo pálido”, do Nabokov, por 20 pilas.
Eu já queria ler o livro do Aira, mas quando li o seguinte trecho do livro, decidi que faria isso o mais rápido possível:
“Sim, a criminalidade era uma consequência da crise. Tinha aumentado tanto que sair à rua era arriscar a vida, principalmente à noite. A população estava amedrontada, e não era para menos. O meio através do qual o medo fluía era a televisão, que ultimamente havia feito da criminalidade seu assunto exclusivo. (…) No próprio cenário dos fatos, a perspectiva se invertia. As pessoas não se surpreendiam com o fato de que acontecessem tantos crimes, mas sim de que não houvesse ainda mais.“
Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência.