Não percam esta conversa entre Marçal Aquino, Luiz Ruffato, Bernardo Carvalho e Milton Hatoum, promovida pela Folha de São Paulo. Sensacional. Destaque para Carvalho e Hatoum, que colocam Ruffato e Aquino no chinelo.
Adorei duas declarações do Bernardo:
(…) me incomoda a luta pela visibilidade (…) porque não tem uma questão literária por trás (…) parece que é uma geração que funciona para o mercado, não para a literatura.
Perguntado se existem bons autores jovens brasileiros, ele responde (um detalhe: Bernardo foi – não sei se continua sendo – parecerista de originais da Companhia das Letras; parecerista é aquele que lê e analisa os originais enviados para as editoras):
Teve uma época em que imbuído de sentido cívico eu disse a mim que teria que ajudar algum gênio a ser publicado. A Companhia das Letras tinha pilhas de manuscritos que ninguém conseguia ler. Eu li por três dias. Fiquei com uma depressão profunda. Pensava: vou começar a escrever como esses caras.
Cada um entende como quiser…
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E este é meu último post antes da viagem. Entre um post amanhã, mas foi digitado anteontem. Quando chegar em Sampa mando notícias. Até!