Como não podia deixar de ser, comprei uma porrada de livros na Bienal.
Foram 19 aquisições. Com dois que ganhei, 21. Primeiro os dois que ganhei:
“Teatro das horas” (Edições K), poemas, André Setti. Quem me deu esse foi o Wladimir Cazé.
“O homem invisível” (Nova Alexandria), romance, H. G. Wells. O tio do melhor stand pra comprar livros da Bienal, o Outlet, me deu esse na terça-feira; ele viu a credencial de imprensa e me fez esse agrado. Eu que não tivesse pedido a credencial…
Um eu já tenho e comprei pra dar a minha amiga Lauanda. Foi o romance “Anotações sobre um escândalo“, da escritora inglesa Zöe Heller. O livro deu origem ao filme “Notas sobre um escândalo”, com a Cate Blanchett. Eu prefiro a capa do livro que tenho, que é lilás e rosa. (Algum preconceito?)
Agora vou dividir pelos dias.
Na terça-feira eu comprei quatro e ganhei um (o do Wells). São os quatro:
“Mistério à Americana 2” (Record), coletânea de contos policiais;
“Onda de crimes” (Record), coletânea de contos e ensaios, James Ellroy;
“Pico na Veia” (Record), contos, Dalton Trevisan;
“O diário de H. L. Mencken“, diários, H. L. Mencken;
Os quatro livros me custaram 70 reais. Os três primeiros foram dicas do Mayrant, o último eu comprei porque há tempos que quero ler Mencken. Todos eles caíram de preço no domingo, último dia da Bienal, mas só vi dois deles lá. Ou seja: eu tinha que ter comprado mesmo, não posso reclamar.
Agora os livros do domingo, sem contar “Anotações sobre um escândalo”:
“Elegia de Agosto” (Bertrand Brasil), poemas, Ruy Espinheira Filho;
“Notícias do Mirandão” (Record), romance, Fernando Molica
“A mil por hora” (Record), romance, Stewart O’Nan;
“Berkeley em Bellagio” (Francis), novela, João Gilberto Noll;
“Hotel Atlântico“, (Francis), novela, João Gilberto Noll;
“O quieto animal da esquina“, (Francis), novela, João Gilberto Noll;
“Bech no beco“, (Companhia das Letras), romance, John Updike
“Pnin” (Companhia das Letras), romance, Vladimir Nabokov;
“Eu servi o rei da Inglaterra” (Companhia das Letras), romance, Bohumil Hrabal
“Antes de as mulheres terem asas” (Bertrand Brasil), romance, Colin May Fowler
“É proibido comer a grama” (Leitura), contos, Wander Piroli;
“Romildo” (Bertrand Brasil), contos, Alberto Moravia;
“O décimo inferno e Luna Caliente” (Record), novelas, Mempo Giardinelli;
“O vidiota” (Ediouro), romance, Jerzy Kosinski;
Meus critérios foram: preço, relação custo-benefício, fator Mayrant Gallo (ou “leva, rapaz!”) e fator intuição minha (ou “ah, tsc, vou comprar, por mim…”).
Os três do Noll, por exemplo. Me custaram 9 reais, todos os três. Ou seja: 3 reais cada. Como eu quero conhecer o autor, não achei que seria nada mal comprar logo. Os livros estão novinhos em folha.
O do Molica eu comprei porque fiquei curioso pra ler ele, depois de trocarmos algumas idéias através de amigos em comum.
O do Ruy eu comprei porque é um autor que é obrigação ler. Não somente pelo fato de ele ser um dos grandes autores baianos, mas por ser um dos grandes poetas brasileiros vivos.
O “A mil por hora” eu comprei porque li uma resenha dele no Digestivo, não lembro de quem agora, e gostei da história.
“Pnin” não precisa de explicação. Nabokov é Nabokov.
O do Mempo Giardinelli, “O vidiota” e “Romildo” foram recomendados pelo Mayrant. Do Molica pra cá, cada livro me custou cinco reais. Todos novos.
“Antes de as mulheres terem asas” eu li quando entrei na faculdade, em 2002. Lembro que fiquei muito emocionado com a leitura, chorei até. Quero tê-lo para reler quando puder. É grande a vontade de lê-lo novamente.
“Eu servi o rei da Inglaterra” foi comprado porque no fundo do livro tem assim “Obra-prima da literatura tcheca…”. Eu nem li o resto, peguei logo.
“Bech no beco” eu comprei porque na orelha tem assim “… Updike apresenta nos livros protagonizados por Bech, em tom de comédia rasgada, as aventuras e desventuras de um escritor de fama e reputação medianas às voltas com as vicissitudes da vida literária, com as rivalidades, com as panelinhas e, como não podia deixar de ser, com uma conturbada vida amorosa”. Às vezes é bom se reconhecer em livros.
Por fim, “É proibido comer a grama”. Não me perguntem como nem por quê, mas era pra eu ter participado da edição desse livro. Li um dos contos dele, e fiquei embasbacado. Wander Piroli nasceu em Minas Gerais e não é muito conhecido do grande público. Erro que espero ajudar a corrigir, resenhando o mais breve possível este título. A edição é simplesmente linda. Um dos livros mais bem acabados e editados que eu tenho, sem dúvida alguma. O preço foi baixíssimo, levando em conta a qualidade da edição: 24 pilas.
Foram 15 livros no domingo. Gastei 90 reais. E todos os livros são novos. As edições mais antigas são os do Mencken e do Moravia, de 1995 e 1996, respectivamente, mas estão em ótimo estado – só aquele cheiro de guardado e tal, mas isso é besteira.
Estou quase fazendo o que Mayrant sugeriu: comprar, nos próximos dois anos, só o que for estritamente necessário, e guardar dinheiro para, em 2009, fazer um estrago maior ainda na próxima Bienal.
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