O desastronauta

Por que escrevo, então? Não respondo. Pelo menos por enquanto, não tenho nenhum compromisso com a Lógica. Ela que se dane. Mas bem que eu gostaria de ficar pintando bisontes nas paredes das cavernas. Ah, seria maravilhoso! Muita gente já fez isso. Mas infelizmente ganhei um computador, e o tempo é o meu dia.

Como um computador não é o utensílio mais apropriado para ficar pintando bisontes nas cavernas (onde se escondem as cavernas?), surgiram essas Memórias falsas, Desmemórias (que sentido há nisso?), ou um Diário escrito quase todos os dias, ou escrito vários num dia só (depende da disposição), ou simplesmente uma colagem pop.

Pra falar a verdade, não sei ainda.

Eu disse no início que tinha 25 anos. Pois bem, é mentira. Agora eu tenho vinte anos. Tenho vinte anos e é só o que sei. Ou talvez – respeitando certa ordem cronológica necessária – eu ainda não tenha nascido. Sou um detetive à procura de mim mesmo.

Não, o trecho não é de nenhum novo autor. É do romance “O desastronauta“, de Flávio Moreira da Costa. O livro completou 35 anos de publicação em 2006 e, para comemorar a ocasião, a editora Agir reeditou o livro.

Ele está por R$ 21,90 nas Americanas. Se você tiver uma graninha sobrando aí, corra e pegue logo o seu. Porque com certeza vão aumentar o preço muito em breve. Todos os que comprei recentemente aumentaram de preço logo em seguida.

Eu só não compro um porque o próprio autor mandou a editora me enviar um exemplar. (Deixa eu me gabar um pouquinho, bele?)

Só uma observação: no trecho original não tem “computador” e sim “máquina de escrever”, claro.

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