Vai um livro ruim aí?

É muito difícil eu ler um livro ruim. Primeiro porque é raro eu comprar um. Segundo porque, quando vejo que a leitura não vai me agradar, eu simplesmente largo o livro de lado e tento vender na Estante Virtual ou dou de presente a alguém que não tenha o mesmo gosto que eu (HAHAHAHA; não poderia perder a piada).

Para mim, isso é ótimo, afinal, quem quer ter contato com obras de baixa qualidade? É um aborrecimento a menos em minha vida. Tudo bem que de vez em quando leio um ou outro livro ruim, faz parte do jogo de ser resenhista. Mas esses livros não chegam a ocupar nem 5% das minhas leituras, acredito eu.

O problema é que, ao não ler e, consequentemente, não resenhar livros ruins com alguma frequência, o resenhista perde um pouco da capacidade de criticar – no caso, de fazer críticas a um livro; de realmente bolar frases que definam o quanto tal livro é ruim.

Vocês com certeza vão achar que esse minha preocupação é uma bobagem, que eu não deveria sequer estar falando sobre isso. Afinal, não se deve dar atenção a livros ruins. Mas, como disse acima, minha preocupação é com meu “trabalho” (entre aspas porque é um prazer, uma diversão) de resenhista. Não acho que deva ficar apenas elogiando, lendo bons livros e bons autores. Até mesmo para não ficar taxado como “o cara que só faz elogios”. Além do quê, às vezes pode ser muito divertido falar mal de algum livro/autor. Vocês devem ter uma ideia disso.

Portanto, depois que eu terminar o livro que estou lendo, vou ler um dos três livros a seguir, que já folheei ou li alguma coisa e sei que são ruins: “Ela e outras mulheres”, de Rubem Fonseca; “Macho não ganha flor”, de Dalton Trevisan; ou “Corrida do membro”, de Ubiratan Muarrek (que é o pior de todos).

E resenharei, claro. Pra treinar.

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