Jackson Lago, eleito em 2006 para governar o estado do Maranhão, teve seu mandato cassado ontem pelo TSE, que, além disso, determinou que Roseana Sarney, derrotada no segundo turno daquela eleição, assuma o governo do estado, coisa que ela já fez hoje pela manhã.
Mas Jackson Lago afirma que vai resistir até quando puder e não arredou o pé do palácio do governo. Agora há pouco – no momento são 15:14 -, o Direto da Redação, da RecordNews, entrevistou o governador. Não obstante as declarações suspeitas dos âncoras – “o senhor está desobedecendo a lei” etc. -, a impressão que fica é a de um homem que luta contra – como ele mesmo disse – uma oligarquia que dominou o estado por mais de 40 anos.
A família Sarney domina tanto a política quanto a mídia maranhense. Por tabela, tem empresas bem-sucedidas e, claro, com uma boa ajuda da máquina pública.
Por outro lado, numa rápida pesquisa que fiz na internet, alguns maranhenses acusam Jackson Lago de não ter cumprido suas promessas eleitorais e de pouco – ou nada – ter feito de importante enquanto governador.
Na falta de uma opinião ao menos não tão parcial sobre a situação, gostaria eu de ir ao Maranhão e ver como está a situação, conversar com as pessoas olhando em seus olhos, sabendo quem são, para assim formar uma opinião sobre Jackson Lago e seu mandato. Infelizmente, não posso ir lá. E mais infelizmente ainda, não temos veículos de comunicação competentes e independentes o bastante para confiarmos.
MAS, e este é um grande, negritado, sublinhado e em itálico “MAS“, tendo a preferir qualquer coisa – exceto uma ditatura – ao domínio da família Sarney.
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Mais:
“O Maranhão de luto“, editorial um tanto dramático do Jornal Pequeno, do Maranhão.
“Sete ministros do TSE usurpam o lugar de milhões de eleitores“, post do Reinaldo Azevedo sobre a situação no Maranhão. Entre outras coisas, ele dá a declaração mais sensata que li/ouvi sobre isso:
“(…) há nisso tudo tudo uma outra falha lógica estúpida: um vencedor jamais recorreria ao tribunal contra um perdedor, certo? Mas isso não significa que aquele que perdeu não possa ter cometido crimes ainda maiores do que aquele que ganhou. Nessa hipótese, bastante plausível, o TSE pune um criminoso eleitoral entronizando outro.”
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