Por que votar em Marina Silva

Wagner Moura (ator), Fernando Meirelles (diretor/cineasta), Chris Couto (atriz), José Miguel Wisnik (músico), Eduardo Giannetti (econonista/escritor), Gilberto Gil (músico/ex-ministro da Cultura), Caetano Veloso (músico), Gisele Bündchen (modelo), Lenine (músico), Maria Bethânia (rainha)… Esses são apenas alguns nomes de personalidades que apoiam a candidatura de Marina Silva à presidência da república. Se, como disse Ezra Pound, os artistas são as antenas da raça, várias e várias antenas brasileiras, as melhores, eu diria, estão sintonizadas em Marina Silva.

Apesar disso, com 13% das intenções de voto, Marina Silva ficou refém das limitações de seu partido, o PV, que tem pouco tempo no programa eleitoral, e da polarização entre PT (que se valeu do rolo compressor que é a popularidade e o carisma do presidente Lula) e PSDB (com sua campanha ridiculamente suja, pautada quase totalmente em denúncias muitas vezes sem pé nem cabeça). Agora, na reta final das eleições, e com o crescimento de Marina nas pesquisas – ela vinha aparecendo com 7% ou 8% das intenções -, seus eleitores começam a ver uma luz no fim do túnel.

Fraquinha, é verdade, visto que Dilma Rousseff tem a eleição praticamente garantida – até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já meio que admitiu isso ao Financial Times. Mas existe uma possibilidade, ainda que remota, de Marina Silva conseguir uma virada espetacular em cima de José Serra e passar para o segundo turno.

Não é algo impossível de acontecer. Basta que eleitores do PT que votam em Dilma não porque confiam nela, mas sim porque não querem o PSDB no governo, mudem seu voto para Marina. E que o mesmo aconteça com eleitores de Serra que só não votam em Dilma porque não querem o PT mais quatro anos no governo.

Sei que existem pessoas assim. Que não estão votando nesses candidatos porque confiam nele, mas sim porque não confiam no outro. Essas pessoas veem com certa desconfiança a candidatura de Marina. Dizem que ela não teria como governar o país, porque não tem maioria no congresso, por exemplo. Dizem também que ela foge das polêmicas, ao sugerir plebiscitos para questões de aborto e casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Dizem até que ela não aguentaria todo o mandato, por conta de sua saúde.

Ora, Pedro Simon, um dos poucos políticos reconhecidos por ter alguma ética e honestidade – notem no “alguma”; não estou dizendo que ele é um santo -, pertencente ao PMDB, formalizou apoio à candidatura de Marina. Assim como Simon, há outros tantos, que estão presos às diretrizes de suas lideranças partidárias. Com uma eventual vitória de Marina – desde quando é proibido sonhar? -, vários outros “Pedro Simon” dariam as caras e certamente seu governo seria possível.

Se por um lado Marina sugere plebiscitos para as questões polêmicas, por outro ela tem a honestidade de dar suas posições pessoais, que são muito claras. Além disso, não existe ser humano que seja imutável. Com o passar do tempo, e até mesmo com uma pressão da população, Marina pode – e tenho absoluta convicção de que ela tem coragem para tanto – rever suas posições não pessoais, mas sim aprovar uma nova legislação para o aborto sem necessidade de plebiscito, por exemplo. Ao contrário de seus adversários, Marina não é intransigente, autoritária. Marina é serena e sabe pensar.

Essa questão da saúde é mais delicada porque a hipótese levantada, por adversários, de que ela não aguentaria os 4 anos de governo, é covarde, repugnante, de uma baixeza sem precedentes. Ninguém sabe o dia de amanhã. Outro dia vimos a tragédia que foi aquele acidente trágico que matou o presidente da Polônia. Ninguém está livre disso. Marina já falou que está mais saudável do que nunca e afora uma tragédia, aguenta não apenas 4 anos de governo, mas 8.

O Brasil avançou nos últimos anos, é verdade. E os responsáveis por isso são os últimos governos do PSDB e do PT. Mas é chegada a hora de uma mudança maior, de uma mudança melhor. Marina Silva é uma candidata preocupada não apenas com o desenvolvimento sustentável – o que por si só seria um diferencial -, mas também com o desenvolvimento do cidadão. E isso passa por mais investimentos em educação, em saneamento básico, em cultura, em conscientização.

Marina Silva é a única candidata que pode melhorar de verdade esses e outros aspectos. É a única esperança de termos um Brasil melhor e mais justo. Marina Silva é a única candidata que pode falar, sem medo algum de ser pega na mentira, em honestidade e honradez. Além disso, para ser pragmático, é a candidata que tem o melhor vice-presidente, Guilherme Leal.

Enfim. Há muitas razões para se votar em Marina Silva. E, sinceramente, não vejo nenhuma para não votar nela.

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Haverá, nesta segunda-feira, dia 27, um “twittaço” pró-Marina. A hashtag será #Marina43. Participem!

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