Sobre os Nobel de Literatura e Paz

O Prêmio Nobel de Literatura deste ano foi para as mãos de uma escritora que eu nem sonhava conhecer. E, aliás, não conheço mesmo. Só de nome, e de Nobel. Doris Lessing, o nome dela. Sinceramente, não vou correr atrás de nada dela não. Mas, se alguma coisa cair em minhas mãos, será de bom grado. É possível que isso ocorra nos próximos meses ou anos, pois é muito provável que comecem a reeditar suas obras aqui no Brasil.

Harold Bloom, possivelmente o crítico literário mais enfezado de todos os tempos, disse que o Prêmio foi uma decisão “pure political correctness”; ou seja: uma decisão puramente politicamente correta, é o que meu parco inglês me deixa entender.

Um dia, anotem aí, um dia eu vou dizer o mesmo. Serei um crítico birrento também, mas não tanto quanto Bloom.

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O Nobel da Paz, vejam vocês, foi dividido entre o grupo de cientistas que compõe o Painel de Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU e o ex-futuro-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Sobre os cientistas eu não sei nadica de nada. Sobre Gore, sei um pouquito só. E vocês devem saber o mesmo: nos últimos anos, Gore parece que ficou obcecado pela causa ambiental e tem feito uma mobilização enorme nos EUA e em outros lugares no mundo, um belíssimo trabalho de conscientização que, por mais que não dê resultados grandes e imediatos, está fazendo muita gente ficar atenta a isso, e fazendo até o próprio governo Bush mudar um pouco de posicionamento (ou ao menos fingir que está mudando); lembrando que o presidente Bush se recusou a apoiar o protocolo de Kyoto, que o próprio Gore tinha pré-assinado, quando vice-presidente dos EUA. A esperança é todos terem consciência da importância de se preservar a natureza e combater o desperdício e poluição. Missão difícil, essa, mas não impossível.

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