Sobre edições revistas e ampliadas

Acabo de receber um e-mail da editora Leya avisando de uma nova edição – revista e ampliada, são 50 páginas a mais – do livro “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”, de Leandro Narloch.

Comprei a edição anterior há alguns meses e ainda não a li inteiramente, mas acho que livros desse tipo são de suma importância. Desmitificar lendas e mitos, expôr verdades pouco conhecidas ou escondidas é – ou deveria ser – o trabalho de jornalistas, historiadores e pesquisadores.

Mas não escrevo este post para falar sobre o conteúdo do livro de Narloch, mas sim sobre a nova edição lançada em tão pouco tempo (a primeira é de 2009). Algo que, aliás, deixou de ser algo raríssimo no mercado editorial brasileiro, vide as também ampliadas edições dos livros “Uma breve história do mundo” e “Uma breve história do século XX”, ambos de Geoffrey Blainey, ambos editados pela editora Fundamento.

Ao menos nesses três casos, as novas edições saíram pouco depois das primeiras. Longe de atacar editoras – muito pelo contrário, volta e meia me pego defendendo as empresas -, acho que passou da hora de elas começarem a pensar em formas de privilegiar os compradores das primeiras edições de livros rapidamente atualizados, ou ao menos facilitar o acesso ao novo conteúdo.

Se por meio da venda separada dos capítulos extras ou se disponibilizando esses mesmos capítulos para download gratuito eu não sei, mas acho injusto, como leitor, comprar um livro e, poucos meses depois, pelo fato de ter sido publicada uma nova edição dele com mais conteúdo, ser obrigado a comprar novamente o livro para ter acesso a esse novo conteúdo.

Recentemente, a editora Contexto colocou à disposição dos leitores, via download, um novo capítulo do livro “As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos”, de Milton Leite. Fica a dica para as editoras, e a esperança de que coloquem isso em prática, principalmente quando se trata de livros que vendem horrores, como é o caso das obras de Narloch e Blainey.

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