Rest In Piece, Kurt Vonnegut

O clima de alegria do post anterior dá lugar à tristeza, por conta de uma notícia que eu não sabia e fiquei sabendo pelo preto. Kurt Vonnegut faleceu anteontem, quinta-feira, dia 12.

Um escritor que me foi apresentado pelo próprio preto. E fui “forçado” a comprar um livro dele pelo Sérgio. Livro esse que ainda não li por inteiro, mas não deixo de sentir uma certa culpa quando me deparo com ele no meu quarto.

O mundo vai perdendo seus homens bons e sensatos. Me pergunto o que será de nós daqui a mais uma ou duas gerações.

Abaixo um post do “antigo” Entretantos, sobre Vonnegut. 

* * *

(19/06/2006) 

Bom, é o seguinte. Alguns posts atrás, eu falei do escritor Kurt Vonnegut. Falei não, citei o nome dele e disse estar lendo “Um homem sem pátria“, livro de sua autoria publicado aqui no Brasil esse ano pela Record.

Pelo que eu vi aqui nas estatísticas do blog, duas pessoas chegaram aqui por causa do Vonnegut, através de sites de busca. Por conta disso, achei de bom tom falar um pouco dele.

Kurt Vonnegut nasceu em Indianápolis, Indiana, em 1922. Estudou bioquímica, antropologia e foi soldado na Segunda Guerra Mundial. “Matadouro 5“, publicado pela L&PM, romance justamente sobre suas experiências na guerra, tornou-se um clássico.

Dele eu tenho aqui só o livro citado no primeiro parágrafo. É uma coletânea de textos que podem ser classificados como crônicas. Muito agradáveis, elas são escritas em tom de conversa, como se o Kurt estivesse cara a cara com o leitor. 

Um dos trechos de “Um homem sem pátria” que mais gostei é o seguinte:

Se querem realmente magoar seus pais e não têm coragem de se tornar gays, o mínimo que se pode fazer é entrar para as artes. Não estou brincando. As artes não são uma maneira de ganhar a vida. São uma maneira muito humana de tornar a vida mais suportável. Praticar uma arte, não importa até que ponto bem ou mal, é uma maneira de fazer sua alma crescer, pelo amor de Deus. Cantem no chuveiro. Dancem ao som do rádio. Contem histórias. Escrevam um poema a um amigo, até mesmo um poema horrível. Façam isso da melhor maneira que puderem. Receberão uma enorme recompensa. Terão criado algo.

Estou doido pra ler “Matadouro 5”, claro. E também “Destinos piores que a morte“, publicado pela Rocco. Esse eu quero comprar ainda esse mês. Aproveitar o frete grátis das Americanas para livros, em dia de jogos do Brasil.

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