Paulo Mendes Campos: uma introdução

Procurando no YouTube por vídeos “estrelados”, digamos assim, por Otto Lara Resende, bestificado que ainda estou após a leitura de “O Rio é tão longe“, volume que reúne as cartas que ele enviou ao seu amigo Fernando Sabino, acabei encontrando um vídeo sobre Paulo Mendes Campos.

Trata-se de um material exibido pelo programa “De lá pra cá”, da TV Brasil, que é apresentado pelos jornalistas Ancelmo Gois e Vera Barroso. O programa conta um pouco da vida de Paulo Mendes, um dos cronistas mais talentosos de sua geração, além de grande poeta. À guisa de depoimentos sobre o autor, dão o ar da graça Carlos Heitor Cony, Wilson Figueiredo, Flávio Pinheiro e Silviano Santiago.

Exibido no fim de 2011, o programa talvez tenha sido realizado como forma de lembrar os 20 anos da morte de Paulinho, que partiu no dia 1º de julho de 1991. O material se torna mais oportuno ainda quando sabe-se que a obra de Paulo começará a ser reeditada este ano pela Companhia das Letras, bem como as cartas que seu amigo Otto o enviou.

Segue abaixo o vídeo, para os curiosos de plantão – ou para os admiradores do autor mineiro.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=6cOJ54k165Y[/youtube]

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Conhecido do grande público brasileiro por suas atuações nas minisséries globais “Capitu” e “Afinal, o que querem as mulheres?”, Michel Melamed não é apenas ator, mas também escritor, cantor, roteirista e diretor de teatro. Seu novo espetáculo, “Adeus à carne“, estreia nesta sexta-feira (24) no Rio de Janeiro, e sobre ele Melamed concedeu uma entrevista ao O Globo. Pode-se ler a matéria, escrita por Luiz Felipe Reis, através deste link, mas gostaria mesmo é que vocês lessem com atenção a seguinte declaração de Melamed, e pensassem um pouquinho sobre ela:

“Somos subdesenvolvidos e atrasados, sim. Aqui se mata um juiz! Onde já se viu isso, cara, tá louco? Nego mata a torto e a direito o tempo todo. Vem a milícia, o cara te dá um tiro e de repente acabou! A questão é complexa, mas o primeiro ponto que eu coloco é: o Brasil é o lugar da truculência. O país é brutal com as pessoas. Há uma dívida social muito grande. Uma metade desse país deve muito a outra. É inaceitável. O país está mais rico, mas não se vê. Então nesse momento o que eu tenho a dizer é com imagens, porque já não me restam palavras. Eu já usei as palavras.”

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