Em O mal de Montano, o narrador fala sobre os “inimigos do literário”. Em sua opinião, quem são os maiores inimigos do literário na literatura contemporânea?
Os diretores das editoras que já não são leitores de literatura e programam livros como se fossem camisas ou qualquer outro produto que se possa vender. Os escritores que, atentos a atender uma clientela imediata, buscam fórmulas prontas para seus livros e, além disso, renunciam a ser exigentes consigo mesmos. Os leitores – com estes ninguém se mete, como se fossem santos – que compram livros – lixo sobre o Santo Graal e outros romances de qualidade ínfima e, ainda assim, crêem que lêem.
Quem responde é Enrique Vila-Matas, em entrevista ao jornal Rascunho. O negrito é meu, porque tenho refletido sobre isso desde minha última coluna no Digestivo.
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