Obituário do Paralelos no O Globo

Ontem foi publicado, no caderno “Prosa&Verso” do jornal O Globo, o obituário da revista literária Paralelos.

O Paralelos foi, durante muitos anos, a principal revista literária brasileira. Arrisco deixar a frase assim mesmo, sem o “virtual” depois de “literária”. Porque não havia publicação impressa – nem há, e isso é uma pena – que publicasse tantos autores novos e também consagrados [CORREÇÃO: há, sim: o Cronópios]. Os textos eram diversos: contos, poemas, resenhas, depoimentos… havia de tudo. Era realmente uma publicação bastante diversificada, e sempre com muita qualidade, tanto textual quanto visual.

Tive a oportunidade de ter textos publicados no site, em 2005, e ter também participado ativamente de sua atualização e até mesmo da seleção de textos de uma das edições – a atualização era mensal. Mas eis que, meses atrás, ficamos sabendo que os arquivos do Paralelos haviam “desaparecido” do servidor no qual estavam hospedados.

Com isso, o fim do Paralelos, que já há algum tempo não era atualizada, era oficializado. Faltava, entretanto, que o organizador do site, Augusto Sales, fizesse um pronunciamento sobre o ocorrido, coisa que veio acontecer agora, no “Prosa&Verso” de ontem, com a publicação do já citado obituário.

Além da palavra final de Augusto, há também, no caderno, depoimentos de várias pessoas que participaram do Paralelos – ou em toda a sua existência ou em épocas diferentes dele. Um dos “depoentes” sou eu, e vocês podem conferir o que escrevi aqui. Outras manifestações podem ser lidas no blog Paralelos, no Globo Online, que continua sendo atualizado com relativa frequência.

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Tentei conseguir um exemplar do O Globo de ontem aqui na cidade, mas, para a minha surpresa, há meses o jornal não chega por estas bancas – ou bandas. E aí me lembro de que, nos dias que passamos – Cassia e eu – em São Paulo, víamos bancas de revistas em quase todas as esquinas da Paulista, com jornais e revistas de diversos cantos do mundo – The Economist, Vanity Fair, El País… Enquanto que, aqui na cidade, uma cidade de médio porte, mais de 500 mil habitantes, segunda maior cidade do estado da Bahia, o O Globo sequer é recebido nas bancas de revista. É frustrante.

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