O novo Estadão (meus pitacos)

Como disse no sábado, fiquei de comprar o Estadão de ontem para ler e comentar aqui depois.

Antes de qualquer coisa, se eu não tivesse pedido para guardarem o jornal para mim na banca, não teria como comprá-lo, porque só chegou UM exemplar dele na banca mais próxima de minha casa. Tem uma outra na rodoviária que também recebe, mas não sei quantos exemplares. O que sei é que o jornal termina pouco depois que chega.

A edição de ontem veio com um caderno especial explicando as mudanças e também contando um pouco da história do Estadão. Por isso fiz questão de comprá-la.

A maior mudança apresentada pelo Estado de São Paulo é no site, que foi totalmente reformulado. A nova versão está, de fato, mais elegante e mais bonita. Mas como acontece com qualquer mudança, há certos pontos a serem acertados. Um exemplo? Esta matéria, que fala sobre a Alice Braga beijar o Jude Law (um assunto de extrema importância, ora pois) não abre de jeito nenhum. (Sério, eu queria ler a matéria.) Outro ponto que poderia ser pensado, mas talvez nem valha a pena trabalhar, é no redirecionamento dos links antigos para as novas seções. Exemplo: antes, para chegar ao conteúdo virtual do Caderno2, você ia para este link: http://www.estadao.com.br/arteelazer/ Aqui no meu navegador – eu uso o Firefox -, a página está completamente desfigurada. No novo site, os artigos do Caderno2 ficam neste link: http://www.estadao.com.br/cultura/ Talvez fosse melhor redirecionar aquele para este. Talvez.

Outra coisa, e isto vi agora: a página do horóscopo (não, eu não acredito, mas às vezes dou uma olhada, não posso negar) também está desfigurada, ao menos aqui no meu pc, e a esta hora, 00:14: http://www.estadao.com.br/horoscopo/cancer.shtm

Terminando minhas observações em relação ao site: senti falta de um link para visualizar o índice da edição do dia. No sábado, por exemplo, eu pude ver a lista de textos do Caderno2 por este link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100313/caderno2.htm Ontem, domingo, passei o dia inteiro tentando visualizar o índice da edição – para que, se eu comprei a versão impressa? direi mais adiante – e não consegui. Só agora há pouco foi que tive sucesso, mas ainda assim a imagem da capa do caderno não carregou (ao menos até agora, 00:17) http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100314/caderno2.htm

Na versão impressa, as mudanças principais se dão por conta de certos detalhes que passam despercebidos se você não é um leitor assíduo do jornal – como é o meu caso, já que o acompanho mais pela internet e também porque há uma dificuldade enorme para comprá-lo aqui, como dito parágrafos acima. A fonte mudou um pouco, os textos de opinião têm agora uma espécie de moldura, e as matérias e artigos mais importantes têm seus primeiros parágrafos em negrito. Além disso, algumas seções foram horizontalizadas. Ou seja: em vez de você ler um texto em duas colunas de tamanho razoável, você lê o texto em 4 ou 5 colunas de tamanho médio. No Sabático isso ficou muito bem explícito, nos textos do Sérgio Augoogle e de Silviano Santiago. Acho que há mais mudanças, mas não lembro de tudo agora.

Bom, para que eu tentei consultar o índice do Caderno2, se eu tinha comprado o jornal? Não sei por que cargas d’água, não veio nem o Caderno2 Domingo – que é o novo nome para o caderno aos domingos – e nem o Aliás. Ou seja, fiquei boiando. Como não consegui ver o Aliás no site, fiquei mais boiando ainda. (Aham-aham: isto não foi mau uso do português; é uma espécie de construção do dia a dia que usamos aqui na cidade/na Bahia/ no Nordeste.)

Como apontei mais o que não deu certo do que o que deu, talvez a impressão do post seja a de que eu não gostei das mudanças. Mas longe disso: gostei bastante, tanto que me dei o trabalho de comprar o jornal, lê-lo com alguma atenção – é complicado ler com muita atenção quando se está com os braços, ombros e pescoço doendo, como estou – e depois dedicar um post no blog sobre o assunto. A questão é que há detalhes para acertar.

O mais importante é que o maior passo foi dado. Posso estar enganado, mas acho que o Estadão é o primeiro grande jornal brasileiro a peitar, de verdade e de forma agressiva, a crise que vem atingindo os jornais em todo o mundo – e, óbvio, no Brasil. A tiragem de ontem do Estadão foi de mais de 500 mil exemplares. Pelo que me lembro, as tiragens dos outros grandes jornais não estavam chegando nem a 400 mil. É pouco provável que essa tiragem maior se torne comum a curto prazo, mas, pelo visto, o Estadão pretende, a médio prazo, aumentar tanto sua tiragem impressa quanto seu público virtual.

Que todas estas mudanças no Estadão surtam bons efeitos, e que sirvam de exemplo para os outros jornalões. Alguns parecem ter parado no tempo…

E antes que eu esqueça: neste link você pode conferir a apresentação virtual do novo Estadão, com direito a narração e tudo http://www.estadao.com.br/jornal_renovado.shtm

Atualização (às 15:43): O Pedro Doria, “editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado“, publicou em seu blog um texto sobre as principais dúvidas levantadas, no Twitter, sobre as mudanças no Estadão. Uma delas se refere a um dos pontos que abordei, a questão do índice da versão impressa.

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