O conselheiro

Quando você trabalha em atendimento ao cliente, se você for uma pessoa um pouco mais paciente e atenciosa que o normal – e acredito que eu seja – você acaba, às vezes, dando conselhos a um e a outro desconhecido.

E é bem interessante isso, porque às vezes um estranho pode lhe ser mais útil que um amigo de longa data. Porque amigos de longa data geralmente repetem os mesmos conselhos. Bons conselhos, mas que, por ouvirmos sempre da mesma pessoa, não damos muita importância.

Hoje, enquanto atendia uma senhora, uma colega minha explicou o motivo de seu recente atestado médico: umas dores na região dos rins. Como ela bebe muito pouca água, eu disse que poderia ter algo a ver com isso, e para ela se policiar e tomar mais água. Nossa, ficou muito “meiguinho” isso. Mas vamos lá.

A cliente disse “então não sou a única com esse problema” (de beber pouca água, no caso). Então eu disse a ela que também se policiasse e tal e tal. Não existe melhor bebida que água, disse eu. Entre outras coisas. Espero que ela se hidrate mais e melhor.

Outro caso, esse mais engraçado, foram dois rapazes conversando sobre uma mulher casada que estaria dando em cima de um deles. Eles me colocaram na conversa, e eu disse que pelo menos ele não precisaria se preocupar com mulher apaixonada atrás dele. Afinal, ela é casada, e ele poderia ter lá seus momentos com ela e pescar outras por aí (meninas, com todo o respeito a vocês, por favor).

Depois, falando sério, disse a ele que tome cuidado, pois é terrível se envolver com mulher comprometida (se for casada, ainda pior). Porque ele ficaria paranóico, pensando se o marido corneado descobriria a traição. E se o cara for brabo, Deus o livre do que pode acontecer.

Não me perguntem nada, mas eu sei do que estou falando.

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