Nova do Blur e The Tallest Man on Earth

Há quem diga que o quarteto britânico Blur é a melhor banda inglesa surgida entre o finzinho dos anos 80 e o início dos anos 90, mesma época em que foram formados Oasis e Radiohead. Polêmicas à parte, o Blur é mesmo uma bandaça. Infelizmente, o grupo terminou meses depois da gravação do excelente “Think Tank”, de 2003. Passados seis anos da separação, os quatro ingleses se reuniram para alguns shows, e um deles rendeu o CD duplo “All the People: Blur Live at Hyde Park”, lançado em meados do ano passado.

Essa “volta” da banda causou euforia nos fãs, mas o quarteto fez questão de deixar claro que não havia planos de gravarem um novo disco ou de continuarem fazendo shows. Apesar desse discurso, o Blur mais uma vez surpreendeu e gravou uma nova música para o Record Store Day, ocorrido no último sábado, uma espécie de movimento – porque não chega a ser, em si, um evento – criado para apoiar lojas de discos independentes – ou seja, que não sejam propriedade de corporações ou megastores.

Lançada em edição especial de vinil com tiragem limitada de mil LPs, a canção se chama “Fool’s Day” e foi disponibilizada para download gratuito na página oficial do grupo, além de poder ser ouvida em diversos sites sobre música. Como não poderia deixar de ser, “Fool’s day” é uma bela música, e prova que o não retorno definitivo do Blur é uma grande pena. Fica a torcida para que eles mudem de ideia.

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The Tallest Man on Earth é o nome artístico do músico Kristian Matsson, um sueco que canta um folk em inglês que pende para o que poderia ser chamado de “slow country”, na falta de um termo apropriado. A voz de Kristian é parecidíssima com a de Bob Dylan, sendo que a do sueco, por aparentemente ser (um pouco) forçada, pode incomodar os ouvidos mais sensíveis.

“The Wild Hunt”, seu segundo disco, que foi lançado neste mês de abril, pode ser ouvido na íntegra através do Spinner, um site especializado em música. Quem não gosta de Bob Dylan deve passar longe de The Tallest Man on Earth. Já quem curte, vale a pena ouvir. Apesar de não ser nada extraordinário, o disco é muito interessante. O tipo de música para você deixar tocando enquanto pensa na vida ou, se estiver num lugar propício, aprecia a paisagem. Os pontos altos são “Troubles will be gone”, “King of Spain”, “Love is all” e “A lion’s heart”.

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