Notinhas I

Por falta do que postar e de tempo pra pensar em algo, hoje e amanhã republicarei aqui as notinhas sobre livros de filosofia que escrevi para a revista Conhecimento Prático Filosofia, edição de fevereiro deste ano. Na sexta-feira posto a resenha de “Valor e verdade”, publicada na mesma edição da revista.

O caminho do meio – Lou Marinoff
A busca pelo equilíbrio, antes tão em voga, parece ter caído no esquecimento. “O caminho do meio”, o filósofo Lou Marinoff, autor dos bem-sucedidos “Mais Platão, menos Prozac” e “Pergunte a Platão”, vem para lembrar ao mundo que exageros e extremismos são prejudiciais à raça humana. Tendo como suporte preceitos de Aristóteles, Buda e Confúcio, Marinoff cria um ABC fundamental para a melhoria e manutenção da vida na Terra.

Sobre a verdade – Harry G. Frankfurt
Pior que o uso inapropriado e quase opressor do politicamente correto só o relativismo – hoje, tudo é relativo, nada é definitivo; não existem verdades absolutas, apenas juízos de valor. No breve mas fundamental “Sobre a verdade”, Harry G. Frankfurt afirma que estamos cada vez mais indiferentes à verdade, e que isso provoca a aceitação de embustes (ou relativismos) como proposições verdadeiras. Ao perdermos a noção do que é a verdade, perdemos a nós mesmos, diz Frankfurt.

A parte divina do cérebro – Matthew Alper
Em “A parte divina do cérebro” Matthew Alper defende uma teoria no mínimo curiosa: o cérebro humano é programado para acreditar em Deus. Não um deus específico, mas sim, como ele denomina, um “Deus universal”. Se isso é verdade, por que existem ateus, então? Além dessa e de outras questões, Alper tenta responder a maior questão de todas, talvez: Deus existe?

Think! – Michael R. Legault
A expressão “think outside the box” tem diversas origens – que podem ser facilmente verificadas via Google –, mas apenas um significado: pensar diferente, fugir do padrão. E são esses alguns dos conselhos que Michael R. Legault nos dá em seu “Think!”, publicado no Brasil com o subtítulo “Por que não tomar decisões num piscar de olhos”. Um belíssimo livro sobre como o ser humano vem perdendo, ao longo dos anos, a capacidade de solucionar problemas de maneiras originais e, muitas vezes, mais simples do que estamos condicionados a pensar.