No country for gentlemen

Fazendo trocadilho com o título de um romance de Cormac McCarthy, é com pesar que venho no blog postar esta pequena nota sobre o falecimento de Paul Newman, um dos maiores atores que este mundo já viu. Ou não, porque muita gente, os mais jovens, na verdade, sequer o conhece.

Não serei hipócrita e dizer que assisti a vários filmes com Newman. Que eu me lembre claramente, assisti a apenas um, o genial e incompreendido “Estrada para a perdição” (que eu tenho em DVD e assistirei novamente hoje ainda), pelo qual Newman poderia facilmente ser indicado para o Oscar de melhor ator coadjuvante, como bem diz o obituário que o IMDB fez para ele.

Conheço mais Newman de vê-lo em entrevistas no programa do David Letterman e no Inside The Actors Studio. E a lembrança que fica é de um homem gentil, íntegro, talentoso e, por que não, ambicioso, ousado e aventureiro (ele era sócio da equipe Newman-Haas Racing, cujos carros correm na Fórmula Indy).

Outro projeto pessoal do ator é Newman’s Own. Uma linha de alimentos criada com o objetivo de reverter todos os lucros da empresa para instituições de caridade.

“A arte de Paul Newman era representar. Sua paixão eram as corridas. Seu amor eram a família e os amigos. E seu coração e alma eram dedicados a ajudar a fazer o mundo um lugar melhor para todos”, disse Robert Forrester, vice-presidente da Fundação Newman’s Own, em um comunicado.

E assim a velha guarda vai indo embora, dando lugar a homens sem nenhuma preocupação a não ser eles mesmos. É uma pena. Uma grande e dolorosa pena.

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