Fomos, no sábado, almoçar no McDonald’s. Porque era dia do McDia Feliz e achei que era uma boa desculpa para almoçarmos no shopping e, dessa forma, passarmos quase o dia inteiro juntos. Tudo correu muito bem, comemos nossos sanduíches, eu agora tenho um relógio do Ben 10, mas não contribuímos em nada para o McDia Feliz.
Porque, e eu confesso que realmente vacilei ao ter visto a propaganda sem atenção, o lucro revertido para o projeto assistencial do McDonald’s é referente às vendas de BigMac, apenas. Cássia gosta mesmo é de McChicken, e eu não aguento comer um BigMac. Ele é enorme. Uma vez pedi um, por pura gula, lá em João Pessoa, e acabei não comendo ele inteiro.
Acabei pedindo um McLanche Feliz, porque tinha comido um McChicken há algumas semanas. Quando fomos para a mesa, conversamos um pouco sobre a iniciativa do McDonald’s.
Chegamos à conclusão de que, se eles expandissem a ação para todos os sanduíches, mudando um pouco a forma de “contribuição”, digamos assim, talvez conseguissem ainda mais grana. Isto é: se o McDonald’s estiver, mesmo, interessado em fazer alguma coisa realmente grande.
O que pensamos foi o seguinte: o McDia Feliz não se restringiria ao BigMac. Todos os sanduíches entrariam na jogada. Ou, no mínimo, o McLanche Feliz. E por quê? Porque é o sanduíche que a garotada mais pede, por causa dos brindes. E, além de a porcentagem de lucro do pedido ser revertida para a causa nobre, haveria a opção de o cliente pagar 1 real a mais pelo sanduíche, aumentando consideravelmente o valor arrecadado. Por exemplo: o McLanche Feliz custa 11 reais, se não me engano – ou 12, agora fiquei na dúvida. No McDia Feliz haveria uma opção no caixa, na máquina, perguntando se o cliente iria fazer a doação ou não. O atendente perguntaria ao cliente se ele gostaria de pagar 1 real a mais pelo sanduíche, e pronto. Coisa fácil de se fazer, uma alteração boba no sistema e zás, tudo certo. Inclusive, nem precisaria dessa coisa do perguntar no caixa. Eles poderiam criar um mecanismo, ainda na fila, para o cliente já chegar ao caixa com alguma identificação demonstrando que ele iria pagar a mais – ou não.
Creio que isso não traria nenhuma dor de cabeça para o McDonald’s, nem para os clientes. Muito pelo contrário: mais pessoas sairiam de lá felizes por terem colaborado com o McDia Feliz, que é uma baita duma bela iniciativa. Mas que pode ser melhorada, e muito. Quando se tem o tamanho do McDonald’s, qualquer coisa desse tipo ainda é pouco, apesar de muito válida, claro. A questão é que eu, por exemplo, fiquei chateado por não termos participado ativamente do McDia. E não por uma questão de vontade, mas por uma simples questão de gosto.