Este post vai deixar Cássia preocupada, mas não tem jeito, preciso falar sobre o assunto.
Se, por um lado, trabalhar numa livraria dá a oportunidade de ver parte do mercado livreiro por dentro, por outro, se você for um literato, problemas podem começar a aparecer.
Todos os dias tenho contato com diversos livros que nunca ouvi falar. Nem ouviria falar, pois boa parte deles não é literatura, a “minha” área. Quem lê este blog desde o início sabe que me interesso por outros assuntos, mas quem diria que eu compraria “O jogo do trabalho“, por exemplo? Ou que me interessaria verdadeiramente por alguns livros de auto-ajuda? Quem me conhece sabe que isso é como Mike Tayson ser nocauteado por mim, um cara magrelo que nunca nem tocou numa luva de boxe.
Hoje chegou um livro chamado “Uma luz na escuridão“. Curioso que sou, fui folheá-lo e gostei. Na hora do lanche, me sentei pra ler com um pouco mais de calma. Dele, parti para um outro, “A companhia dos filósofos“. Quase nem trabalhei hoje – infelizmente o movimento hoje foi fraco de novo – por causa disso. Passei boa parte do meu tempo folheando esses dois livros e procurando outros de filosofia que falassem ou que fossem de Schelling ou Stigler, minhas mais novas fixações, depois de Kant.
Não li nada deles, ainda. Mas o que li sobre eles já me deixou com pulgas atrás da orelha.
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Em tempo: empurrei o “Era no tempo do rei“, do Ruy Castro, prum tiozão. Ele queria comprar algo na linha de “A cidade do sol” e “O caçador de pipas”. Na verdade, ele perguntou quais romances estavam saindo mais. Pra ser sincero, disse que “Código da vida“, de Saulo Ramos, tem saído bastante, mas esse ele já tinha lido. Perguntei então porque ele não levava o novo romance do Ruy Castro. Nem sei se é mais ou menos isso, mas disse-lhe que Ruy faz uma sátira sobre a chegada da família real no Brasil. Ele acabou levando. E ainda levou, para a filha, diretora de um colégio, um livro sobre distúrbios comportamentais de alunos, que indiquei no escuro, também, mas deve servir pra alguma coisa.
Não me recriminem: foi um do Ruy Castro. E o outro parece ser bem útil. Não indicaria qualquer coisa, não sou tão mercenário assim.
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Ah, o problema? É querer comprar todos esses livros que chegam e que acho interessantes. Tenho me controlado bastante. Até estou surpreso de não ter comprado mais livros lá (foram dois ou três, até agora, se não me engano). Mas não sei até quando ou quanto ($$) me seguro. Como a grana está curta e eu não recebi ainda, nem posso comprar, também. Mas e quando receber? Bom, vamos ver. Também não sou tão maluco assim. Se não me estourei até agora, posso conseguir não me estourar quando receber o soldo no fim do mês.
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Alguém aí lincou meu blog em algum lugar? O número de visitas está alto, e não deu nem duas horas da manhã, ainda. Ou o contador ficou doido, ou alguém muito visitado lincou pra cá.
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Primeiro foi um do Ruy Espinheira Filho. Depois, um do Ruy Castro. Vou tentar amanhã vender um do Rui Barbosa.