Foi com surpresa que vi a notícia da fusão entre Itaú e Unibanco. Por 1 ano e quatro meses trabalhei em uma empresa do conglomerado da família Moreira Salles, e sempre me perguntei se há alguma empresa tão correta e tão pontual.
O departamento de RH é infalível. Volta e meia tínhamos notícias de novos benefícios para funcionários. Se não podiam aumentar nossos salários, faziam campanhas internas que gerariam bonificações. Investem em pessoal, proporcionando treinamentos, convenções etc. (toda empresa faz isso, mas se estou destacando esse aspecto é porque, em comparação com outras empresas que conheci/conheço, o Unibanco faz bem mais e melhor que as outras). Colocaram uma bela biblioteca à nossa disposição, com livros de diversas áreas (fazíamos o empréstimo do livro via intranet e recebíamos o volume via malote; rápido, fácil e muito bom). É realmente uma empresa que deixa o funcionário à vontade. Óbvio que há cobrança por resultados. Mas eles também sabiam ouvir o nosso lado, compreendiam o motivo do baixo ou não esperado desempenho e nos ajudava a procurar outras maneiras de chegar aos resultados desejados.
Saí do emprego porque precisava de mais tempo para estudar, porque já não aguentava os clientes mal-educados e porque já não aguentava o horário de shopping. Não fosse isso, acho que teria ficado por lá mesmo.
Enfim. A questão é que o Itaú comprou o Unibanco e isso foi uma grande surpresa para mim. Sempre recebíamos mensagens dizendo que a empresa estava indo muito bem, que os lucros estavam aumentando etc. Certamente não houve um revés, a união é para ser um conglomerado ainda maior, com o objetivo de expandir ainda mais.
O negócio é que a impressão que tenho do Itaú não é lá muito boa. Mas como não vi ainda ninguém esculhambando o Itaú, capaz de ser também uma empresa correta e pontual, como o Unibanco.
No mais, a fusão dos dois bancos precisa realmente dar certo. Não se pode nem pensar no contrário disso.
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