Deus não é grande, de Christopher Hitchens

Cássia e eu compramos alguns livros semana passada, e hoje ela trouxe os meus:

A muralha de Adriano“, de Menalton Braff
Antes, o verão“, de Carlos Heitor Cony
Deus não é grande“, de Christopher Hitchens

“A muralha de Adriano” é o novo livro de Menalton Braff. Dele eu já li “A coleira no pescoço”, de contos, e quero muito ler “A muralha de Adriano”, que é um romance. Mas antes preciso adiantar um monte de leituras aqui, o que é uma pena.

“Antes, o verão” é a nova edição de um dos melhores livros de Cony e um dos romances que mais gostei de ter lido até hoje. Quero reler o mais rápido que puder. Cássia leu em dois dias e disse que gostou muito. Os livros estavam com ela, que esteve aqui ontem e os trouxe.

“Deus não é grande” tem o subtítulo de “Como a religião envenena tudo” e é um dos trabalhos mais ambiciosos do jornalista britânico Christopher Hitchens. Ele toca em um assunto que é polêmico por si só: religião. Como o subtítulo dá a entender, Hitchens defende, entre outras coisas, que a religião mais prejudica do que ajuda. Não li o livro, é óbvio, li alguns trechos. Algumas reflexões são interessantes, outras são óbvias, mas a maioria é um tanto complexa e requer muita atenção e um bom conhecimento religioso. Comprei o livro justamente para isso, para ir atrás desse conhecimento (não agora, claro; ano que vem). Aí vai um trecho:

“Se eu não posso provar definitivamente que o sentido da religião desapareceu no passado, que seus livros fundamentais são fábulas transparentes, que é uma imposição criada pelo homem, que tem sido inimiga da ciência e da pesquisa e que sobreviveu principalmente de mentiras e medos e foi cúmplice da ignorância e da culpa, bem como da escravidão, do genocídio, do racismo e da tirania, eu quase certamente posso afirmar que a religião hoje está plenamente consciente dessas críticas. Também está plenamente consciente das provas cada vez mais numerosas, referentes às origens do universo e à origem das espécies, que a relegam à marginalidade, quando não à irrelevância.”

Não dá pra resumir o livro com isso, há mais assuntos abordados – a questão dos milagres, a questão de que pessoas religiosas teoricamente são mais bem comportadas, entre outros. E não é um livro para ser lido por apenas ateus ou agnósticos. Acredito em Deus, mas tenho consciência de que a religião realmente às vezes atrapalha. Na verdade, o fanatismo é que atrapalha. Taí um outro tema que me interessa bastante. Já havia comprado “Deus, um delírio“, de Richard Dawkins, pensando no livro do Hitchens (todo mundo sabia do lançamento de “Deus não é grande” desde o ano passado). Além desses dois, já tinha um outro livro fundamental nessa discussão: a Bíblia – elementar, meu caro Watson. E quero lê-la também, o máximo que puder. Nota-se que são leituras para toda uma vida, porque uma coisa vai puxando a outra.

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