Desculpem, mas eu vou reclamar

Detesto reclamar da vida. E mais: detesto ouvir gente reclamando da vida. Melhor dizendo: detesto ouvir gente reclamando da vida, de barriga cheia. É que tem gente que é saudável, tem todos os membros e órgãos no lugar certinho, tem uma boa família, sei lá, tem tudo ou quase tudo. Aí quando alguma coisinha dá errado, começa a reclamar feito não sei nem o quê. E isso é chato. A pessoa deixa de ver tudo o que tem e passar a falar daquilo que não tem, ou do que deu errado. Não vê o lado bom da vida, e esquece de que existe coisa boa até nas coisas ruins. Ao menos uma lição dá pra aprender, na adversidade.

Finalizada a sessão auto-ajuda, vou reclamar. E de uma coisa que já reclamei antes: falta de tempo.

É terrível ficar assim, com tão pouco tempo e tanta coisa pra fazer. Estou entrando na terça-feira, mas de ontem pra hoje parece que uma semana já passou em minha vida, de tanta coisa que tenho que fazer, de tanta coisa que já fiz e de tanta coisa que ainda tem pra fazer, mesmo já tendo feito muita. Terrível.

Com essas coisas todas não posso nem ler direito. Estou com uma pilha de livros encostados ali. E nem tenho tido tempo de ler meus vizinhos de Breviário. Ontem li um texto do Paulo Osrevni e fiquei danado da vida. Pois eu sei que estou perdendo muitos posts bons aqui, e não posso fazer nada em relação a isso. Ao menos por enquanto.

Me refiro ao texto “A escrita e suas fórmulas“. Se você não leu ainda, vá correndo ler. Muito bom.

Vi agora que o Edson falou no McEwan, de quem também tenho o “Reparação” mas não li ainda. E nem tenho previsão de quando ler. Mas não tenho pressa. O bom é ler quando for o tempo de ler. E aí o próprio tempo vai ajeitar tudo pra isso acontecer no momento certo.

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Mudando totalmente de assunto, quem aí já cantou num karaokê? Já repararam que as imagens que ficam passando na tevê quase nunca têm a ver com a música que está sendo cantada? Estive hoje num bar com uns amigos do trabalho e cantamos um pouquinho. Tem uma música que passa a foto de um tiozão de sunga, deitado de barriga pra cima. Pô, fala sério.

Uma das músicas que cantamos foi “Escrito nas estrelas”, imitando a voz da Tetê Espínola, é claro. Você não conhece essa pérola? Não sabe o que está perdendo.

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No fim das contas, não reclamo. É divertido ter tanta coisa pra fazer e conciliar. É complicado, é cansativo, mas é melhor assim. Eu digo que reclamo só pra fazer charme mesmo. Mas que estou cansado, estou.

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