Como se pudéssemos

Meu corpo contra o teu. A fricção de nossas peles. Sinto o teu calor. Sinto os teus calores.
Minha boca sobre a tua. Depois em teu pescoço, em teus ouvidos. Eu não falo nada. Só respiro.
E ouço o teu ofegar.
Minhas mãos percorrem cada pedaço teu. Te sinto sólida e líquida. Sublime.
Meus lábios agora em teus seios. E descem, rumo a teus lábios. Me perco.
Meu corpo contra o teu. (Re)início. O calor aumenta.
A velocidade, o ritmo, a força. Maiores. E a tua respiração ainda mais forte. Te ouço. Sons que não preciso definir.
Ao fim, nos abraçamos.
Como se pudéssemos…

This entry was posted in Contos. Bookmark the permalink. Post a comment or leave a trackback: Trackback URL.

One Comment