Como eu era bobo, meu Deus (II)

Acabei de ler um email que escrevi no fim de 2006 e quase fiquei com vergonha de mim mesmo (o “mesmo” é proposital).

Na mensagem, enviada a uma editora, eu sugeria a escritura de um livro e me oferecia para fazer o trabalho. Não detalho a ideia aqui porque é algo que ainda farei – se não em livro, em um blog.

Fim de 2006. Eu tinha todo o tempo do mundo para ler, escrever, estava sem emprego aqui na cidade, colaborava com o blog Paralelos e tinha começado a revisar o Digestivo. Se as coisas acontecessem do jeito que eu imaginava naquela época, hoje eu estaria com pelo menos um livro de ficção publicado, prestes a publicar outro. Isso porque meu otimismo não tinha ainda se chocado com as dificuldades, os perrengues que surgiriam em seguida e que me acompanham até hoje. Mas não reclamo, de maneira alguma. Tivesse eu na situação em que me imaginava, não sei se continuaria sendo a pessoa que sou.

Dá até vontade de colar trechos do email aqui, só para vocês terem uma ideia do quanto mudei, do quão mais pé no chão eu sou hoje. Mas certos trechos chegam a ser constragedores (espero que ninguém lá da editora tenha recebido a mensagem!) e merecem ficar longe de qualquer um que não seja eu.

Enfim, só um postinho bobo mesmo.

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