Com saúde não se brinca

Detesto ir ao médico. Sou daqueles que pensam assim: pra ficar doente, basta fazer uma consulta. Tudo está bem até ir a um consultório. Depois de sentar, levar umas pancadas na barriga e dizer “trinta e três”, só Jesus e uma receita salvam.

Então não é anormal, no meu caso, adiar uma ida ao médico. Mesmo com os pedidos insistentes de minha mãe, sempre dou um jeito de escapar. E, quando não consigo escapar da ida, dou um jeito de não fazer exames. Ou faço apenas um, de sangue, e não volto para buscar o resultado – que dirá uma nova consulta.

É óbvio que não aconselho ninguém a fazer isso. Bem naquela de “façam o que digo, não façam o que faço”. Portanto, crianças, vão ao médico, façam exames periodicamente e tomem remédios, quando receitados. Mas se seu caso for uma dorzinha de cabeça ou gripe, um Tylenol ou um Vick Pyrena bastam.

Enfim. A questão é que odeio ir a médicos, do mesmo jeito que detesto ficar doente – e me esforço ao máximo para não deixar isso acontecer. Não sou um modelo a ser seguido – sou magro feito vara de bambu e poderia comer melhor, por exemplo, ter horários mais disciplinados etc. – mas graças a Deus não sou do tipo que fica doente de três em três meses. A última vez que baixei num hospital foi em fevereiro de 2008 e, um dia depois de ter uma melhora súbita após brigar com um médico idiota, fiz um exame que me presenteou com uma sinusite. Antes disso, se não me engano, foi no início de 2004, quando, por uma grande conspiração astro-cosmo-Murphológica, tive dengue, rubéola e estafa, ao mesmo tempo. Talvez uma virose em 2006 ou 2007, mas nada de grave. Há algumas semanas eu fiquei malzaço aqui em casa, mas foi algo que comi, com certeza.

Sigamos. O problema é que, agora, precisarei me submeter a uma intervenção médica que, se não fosse por minha displiscência, me custaria três vezes menos grana e três vezes menos tempo, além de me custar uma quantidada infinitamente menor de aborrecimentos e de “tá vendo? se tivesse ido antes…”, ditos por minha mãe.

Então, fica aqui o recado para aqueles que, como eu, odeiam ir ao médico: se você sentir alguma coisa ou se algo lhe acontecer, e você souber que é necessária uma consulta mas, mesmo assim, pensar em deixar para depois, esqueça essa ideia. Vá logo e resolva o problema. Não o deixe se tornar maior do que ele é. Fazendo uma analogia barata e acredito que impossível de acontecer: não deixe uma unha encravada ser a causa de você perder o pé.

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