Ano novo, vida nova?

Não tenho esperanças para renovar neste ano novo. Tampouco faço promessas de início de ano. Há muito desisti disso. Até porque não tenho cumprido as promessas que faço durante o ano. E promessas são promessas, não importa a ocasião. Se você não as cumpre agora, é bem provável que não as vá cumprir só por causa do novo ano que se inicia. 
 
Minhas esperanças são renovadas todos os dias. É assim desde quando adentrei 2003 completamente só – minha família viajou e eu fiquei, por conta do trabalho -, com uma garrafa de sidra e um cigarro. As duas passagens de ano seguintes foram praticamente iguais.

A virada do ano, pra mim, não representa muito. Os números me servem apenas para saber quando algo de importante aconteceu. Meus objetivos há três anos são os mesmos. Tudo o que faço ou deixo de fazer durante os 365 ou 366 dias do ano é visando os tais objetivos. Nada é gratuito ou impensado. Praticamente tudo é planejado. As surpresas, quando ocorrem, são simples consequências da linha de trabalho que sigo. E quase não me surpreendem.

Nem de longe quero com isso fazer uma crítica aos que aguardam ansiosos a chegada da meia-noite do último dia do ano. O cético aqui, o que vai contra a maré, sou eu, e não eles.

2006 se encerra. Estamos em 2007. Eu sou o mesmo, não mudei. Mas evoluí e tenho consciência disso. Agradeço muito a Deus pelo ano que tive. Mas ele nem se compara com o que agora se inicia.

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